sábado, 9 de março de 2013

#ImagineHot com Niall.




Depois de amanhã seria um grande dia. Porque não O grande dia? Depois de amanhã eu ficaria presa para sempre em um relacionamento no qual eu sabia que não iria nunca ser feliz.

- Um brinde a Nathalie e um minuto de silencio pelas festas e homens gostosos que ela vai perder depois de dizer ‘’sim, eu aceito.’’  -Bradou Emily levantando a taça de vidro para o alto.

Dei um pequeno sorriso e olhei a hora em meu celular, 1h48. Teria que acordar cedo no dia seguinte e nem sequer lembrava. Mas, não era isso que eu estava preocupada, eu queria que tivesse alguma chamada perdida, uma mensagem de alguém, mas o dia todo, não obtive resposta. Bati a ponta das minhas unhas em cima da mesa e bocejei preguiçosamente.

Olhei para todas a minha volta e me senti estranha. Era minha despedida de solteira e eu não estava nem um pouco feliz com isso. Na verdade, estava achando tudo aquilo sem graça. Eu tinha apenas dezoito anos, não estava pronta para algo sério no momento. Não que David – meu noivo – era uma má pessoa, eu só... Não o amava tanto para subir ao altar.

- Gente eu tenho que ir.  –Falei pegando minha bolsa.

- Mas já? ‘Tá cedo.  –Vivian disse tristonha.

- Não posso, tenho que acordar cedo amanhã.

- Quer uma carona?

- Não obrigada. Eu vou pegar um taxi.  –Respondi e me levantei.

O bom é que as meninas entenderem meu pedido, por acharem que eu estava nervosa pelo casamento. Sai pela porta onde o segurança me olhou de cima a baixo. Para minha sorte tinha um taxi parado a alguns metros da boate. Tinha que sair dali, precisava encontrar a única pessoa que me entendia naquele momento. Falei o endereço para o taxista e ele ligou o motor catando pneus. Abracei meus braços olhando para as luzes dos altos postes que iluminavam a rua por onde passávamos.

Em menos de vinte minutos estávamos em frente ao luxuoso prédio de vinte e cinco andares. Dei uns trocados para o motorista e sai do carro. Suspirei antes de entrar no hall vendo fumaças saindo pela minha boca enquanto respirava. Corri com cuidado até o elevador devido aos saltos e apertei o botão para subir.

Andar 9 – Apartamento 13B.

Já tinha decorado qual era seu apê. Caminhei até a porta e dei algumas batidinhas de leve. Fiz o mesmo processo mais duas vezes e nada. Mas claro. Como eu podia ter esquecido? Ele era amigo de David e com toda certeza deveria estar na despedida dele. Me senti aflita e dei meia volta. Antes de completar o sétimo passo, eu ouvi aquela voz soar atrás de mim.

- Nath... –Me virei e o encontrei com um sorriso de canto nos lábios. Usando uma regata branca e um jeans surrado combinando com os cabelos loiros arrepiados.

- Pensei que tivesse junto com David.  –Murmurei indo até ele.

- Pensei que iria aproveitar sua ultima noite antes de... Bem, você sabe o que.  –Ele revirou os olhos dando espaço para eu entrar. Tratei logo de me livrar dos sapatos incômodos e jogando a bolsa em cima do sofá.

- Porque não saiu com eles hoje?  -Perguntei cruzando os braços.

- Acha mesmo que eu iria à despedida de solteiro do David?  -Ele perguntou como se a resposta fosse obvia.  – Ele é meu amigo, mas, eu não iria fazer isso. Não podia ir lá, ficar se divertindo com ele, sabendo que daqui a dois dias ele vai se casar com a garota que eu amo.

- Niall... –Falei sentindo um tremor em minhas pernas. Niall e eu nos conhecemos quando eu tinha quatro e ele cinco anos de idade. Tornamos-nos amigos inseparáveis, ele repetiu a sexta serie de propósito só para me acompanhar. Mas, quando estávamos com quatorze anos, nossos sentimentos falaram mais alto do que uma simples amizade. Éramos crianças e namorar naqueles dias, pra gente era apenas estar uma na companhia um do outro, trocando algumas caricias e pequenos selinhos.

Já ouviram falar que o primeiro amor a gente nunca esquece? Pois bem, eu nunca esqueci Niall.

- Porque aceitou se casar com ele Nathalie? Por quê?  -Ele se aproximou.

- Eu...  –Procurei uma resposta aceitável.  – E-eu não s-sei.

Respondi gaguejando.

- Porque veio aqui?  -Ele colocou uma mexa de cabelo minha para trás da orelha.

- Precisava te ver, não aguentava mais Niall.  –Disse um pouco irritada.  – Você disse que nunca me abandonaria então porque fez isso?

- Foi a única ideia que eu tinha para desmanchar nosso vinculo.  –Senti uma pontada fina na cabeça.

- Cortar nossa amizade? Essa era sua ideia?

- Esse é o problema Nath.  –Ele passou as mãos pelo rosto.  – Eu não consigo ficar longe de você.

- E muito menos eu.  –Percebi que meu tom de voz tinha subido um pouco.

Permanecemos em silencio por um tempo, até ele voltar a falar.

- Se lembra daquela noite?  -O encarei sentindo meu corpo esquentar.  – Nós dois naquela casinha de arvore?

Flashbacks se formaram em minha mente.

‘’Minha mão estava entrelaçada a de Niall, nós dois corríamos para tentar nos abrigar dos pingos de chuvas que caiam. Ele sorria pra mim quando eu tentava desajeitadamente desviar das poças. Não queríamos ir pra casa, então fomos para onde chamávamos de Refugio NiniNana. Sim, colocamos nossos apelidos na pequena casa.

Os pedaços de madeira formavam uma cobertura de 5mx5m, não era exatamente construída em cima de uma arvore, foi montada em baixo do pé de Eucalipto, mas nos gostávamos dela. Era um pouco afastada da fazenda onde seus pais moravam ao lado dos meus.

Por onde quer que eu vá vou te levar
Pra sempre...


Entramos na pequena ‘’propriedade’’ acendendo velas e um antigo lampião que eu tinha pegado de mamãe para clarear a noite. Me joguei no chão tirando meu casaco molhado e colocando em cima de uma poltrona velha e suja de pó. Niall fez a mesma coisa e se sentou ao meu lado. Ficamos observando a chama de a vela balançar um pouco e a fumaça saindo do lampião.

- Será que vamos ficar aqui a noite toda?  -Perguntei me escorando na parede.

- Não me importaria de ficar aqui com você.  –Ele tocou minha mão espalmada no chão forrando com um tapete vermelho e um desenho de um pavão estampado nele.

- Nem eu.  –Olhei para ele e sorri.

- Eu acho que te amo Nath.  –Ele sussurrou engatinhando até a minha frente. O olhei surpresa, não esperava uma declaração daquelas.

- E eu também amo você Niall.  –Falei igual uma boba.

Ele me deu um selinho rápido e depois me olhou de forma diferente.

- O que foi?  -Perguntei me encolhendo um pouco.

- Imagine uma cena agora.

- Como?  -Falei curiosa.

- Vou te mostrar.  –Ele lentamente desceu para o meu pescoço e deu alguns beijos. Mexi-me um pouco até sentir minhas costas baterem contra o tapete. Niall timidamente ficou sobre mim e eu virei meu rosto para o lado. Pedindo em silêncio que ele continuasse a explorar minha pele arrepiada do pescoço.

Minhas mãos pequenas foram à barra da camisa de algodão que ele usava, morri de vergonha quando ele ficou com o tronco a mostra na minha frente. Fiquei mais envergonhada do que antes, quando nós dois estávamos nus e ele me observava piscando várias vezes.

Fizemos amor naquele chão frio, à luz de velas. A chuva e os trovões abafavam nossos gemidos. Não sabíamos direito como e onde tocar, mas, o prazer que sentimos foi indescritível. Foi tudo tão mágico e perfeito, perdemos a virgindade juntos, naquela pequena casinha de arvore em baixo de uma arvore de eucalipto.’’

Meus olhos estavam cheios de lagrimas e eu olhei para Niall, após lembrar daquela noite.

- Foi a melhor noite da minha vida.  –Ele murmurou triste.

- Foi a melhor noite da minha vida também.  –Seus olhos azuis se encontraram com os meus, e eu desejei voltar a quatro anos atrás. Minha vida era perfeita naquela época, eu tinha duas melhores amigas – que hoje nem sei onde moram – tinha um cachorro chamado Gordurinha, e acima de tudo... Eu tinha Niall.   – Você foi o único, sabia?

Ele fez uma expressão de quem não esperava àquela resposta. Por certo ele pensava que eu já havia feito sexo com David durante esse um ano. Mas eu nunca tive coragem de deixar ele me tocar, ele e nenhum outro homem. Para mim só existia Niall, Niall e Niall.

- Eu sinto sua falta.  –Ele disse a poucos centímetros de mim.

- Porque não pensou nisso quando beijou aquela garota na festa do Erik?  -Perguntei deixando as lagrimas correrem.

- Eu estava bêbado, drogado e não sabia nem o meu nome. Acha que eu faria algo para machucar você? Pelo amor de Deus Nathalie, eu amo e sempre amei você.

- Eu não devia ter sido uma trouxa naquele ano, eu perdi minha vida, quando perdi você.  –Confessei apertando sua regata entre meus dedos.

- Nós só tínhamos dezesseis anos. Não pensamos muito.  –Ele colou sua testa na minha e subitamente nossos olhos se fecharam. Senti sua respiração contra meus lábios e aspirei aquele aroma que eu amava.  – Não se case com ele, esse seria meu fim. Só de pensar naquelas mãos sujas passeando pelo corpo que me pertence, eu tenho vontade de quebrar aquilo que ele chama de cara.

- Eu sou sua, Niall, e sempre vou ser.  –Toquei seus ombros e o beijei.

A culpa não foi sua
Os caminhos não são tão simples mas eu vou seguir


As mãos gélidas dele alcançaram minha cintura, e há muito tempo que eu não sentia aquela queimação em meu interior. Seu beijo me acalmava e levava para longe toda aquela sensação negativa. Era algo que apenas ele, me fazia sentir. Lentamente ele foi empurrando meu corpo para o sofá de couro bege. Quando ele tentou se ajeitar sobre mim, nós dois rolamos para o chão. Rimos juntos e voltamos a nos beijar.

Eu estava sobre ele, Niall aproveitou para massagear minhas costas. Desceu mais um pouco apertando minha bunda com força. Ele se sentou comigo em seu colo, sem separar sua boca da minha. Com pressa tateei seu tórax e desci pela barriga. Subi trazendo sua camisa junto, ele levantou os braços para que pudesse se livrar dela.

Ele abriu os botões da minha blusa de seda rosa pink e a jogou no chão sem delicadeza alguma. Naquele momento a ultima coisa que eu me importava era com minha blusa. Ele beijou meu colo nu enquanto descia o zíper da minha saia cintura alta.

Como eu sentia falta daqueles toques, da sua boca na minha, do calor do seu corpo, do seu cheiro, do seu sexo. Fiquei de pé descendo minha saia bem lentamente – tudo para provoca-lo ainda mais – ele umedeceu os lábios ao me fitar apenas com a lingerie preta e rendas lilás. Antes de voltar a posição anterior, eu o mandei tirar aquele jeans, precisava senti-lo ou iria enlouquecer ali mesmo.

Toda vez que fecho os olhos é pra te encontrar,
 A distância entre nós não pode separar
O que eu sinto por você, Não vai passar


Meu corpo encontrou o seu em uma junção. Eu o beijava com tanto fervor, como se fosse morrer e ele era a ultima pessoa com quem eu iria estar. Arquei meu corpo ao sentir ele tomar um dos meios em sua boca. Que se foda David, eu não o amava. Amava Niall, meu único e verdadeiro amor. Para mim aquilo não era errado.

Gemi alto quando ele chupou o mamilo rijo e apertou a ponta do outro a ponta das unhas. No meu ponto de vista, David só serviu para me provar uma coisa: ‘’Não adianta ficar com outra pessoa, pensando em outra.’’ Queria ficar ali pra sempre com ele, ao seu lado era o meu lugar. Enfiei minhas mãos pelo cabelo loiro, sentindo os fios amaciarem meus dedos. Chamei por seu nome e ele prontamente respondeu ao me beijar.

Seu corpo estava totalmente diferente do que quatro anos atrás. Tinha mais forma, mais músculos. A barriga não era nenhuma sarada, mas, era perfeita. Seu rosto estava mais limpo, agora sem nenhuma espinha. Nos dentes havia aparelho – acho que ele é a única pessoa que fica perfeito de aparelho – seus cabelos tinhas algumas mechas pretas. Ele podia ter mudado fisicamente, mas, para mim ele sempre seria aquele garoto que tinha vergonha de tirar a camisa porque se achava gordinho e corava quando eu o chamava de Nini.

Corri as mãos por suas costas tentando o trazer mais pra perto. Senti seu pênis ereto roçar em minha coxa. Baixei sua boxer branca e ele fez o mesmo com a minha calçinha. Eu não queria enrrolação, nem preliminares. Queria logo ele dentro de mim, tinha que matar logo essa vontade louca que me tortura todos os dias de nos tornamos apenas uma, outra vez.

Um minuto é muito pouco pra poder falar
A distância entre nós não pode separar
E no final eu sei que vai voltar

O único som que saia de nossas bocas eram os gemidos, senti ele me penetrar de uma vez e começar a estocar selvagemente. Circulei sua cintura com as minhas pernas, tendo a sensação que ele chegava próximo do meu útero. Ele me beijou delicadamente e apertou minha cintura.

Cenas daquela noite voltaram a se passar em forma de filme nos meus pensamentos, não só aquela, mas todas as noites que eu me encontrava com Niall para nos amarmos. Cada mínimo segundo que eu passei e vivi com ele, nunca foram esquecidos.

Uma de minhas mãos encontrava-se em suas costas e a outra puxando seus cabelos com força.

- Senti falta desse corpo, desses gemidos que eu adoro... –Ele sussurrou diminuindo os movimentos.

- Merda, por favor, não para.  –Pedi tentando respirar compassadamente.

Lá estávamos nós dois, saciando o desejo contido há anos. Já sabia o que iria fazer, eu tinha uma decisão e não iria voltar atrás com ela.

Senti uma sensação completamente extasiante me tomar.

Aninhei-me ainda mais a seu corpo, tentando sentir ao máximo aquele prazer. Niall soltou um gemido rouco. Eu estava prestes a me desfazer e queria que Niall gozasse junto comigo.

Movi meu quadril em direção ao seu e passei a gritar ao invés de gemer. O orgasmo chegou e junto com ele um alivio. Aquele foi o melhor da minha vida. Mais do que nunca eu me sentia completa.

Foi tão excitante ver Niall completamente soado e ofegante – ele se deitou ao meu lado e falou:

- Eu te amo Nathalie. 

- Eu amo você também.  –Me aconcheguei em seu peito.  – Amanhã vou fazer algo que já deveria ter feito a tempo.

- E o que é?

- Eu tenho você de volta Niall e não vou te perder outra vez.

Ele me beijou entendendo o meu recado. Não iria adiantar nada, eu me casar com David e ser infeliz. Eu não podia abrir mão da minha felicidade. Sei como podia ser feliz. E essa felicidade tinha nome: Niall Horan... Meu Único Amor.

Fim.

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