domingo, 9 de dezembro de 2012

Amor & Sexo.


Eu estava deitada no meu sofá, naquele aparamento tão escuro, mas tão confortável ao mesmo tempo. Suspirei, fitando a TV – completamente sem interesse no filme de terror que passava -, recostada no ombro de Georg, que quase tinha um ataque do coração quando o monstro dava um susto. Como eu não estava prestando muita atenção no contexto, eu só ria das suas caretas. Ele já tinha derrubado pipoca em mim umas duas vezes. Eu só não brigava com ele por que era meu melhor amigo.


– Vai Ge, me dá um pouco de pipoca antes que você jogue tudo no chão. – eu disse, olhando para a TV, e esticando o braço, tateando pelas suas pernas, onde deveria estar a vasilha.


– Hum, Ruby? Isso não é a vasilha. – Georg disse, e eu olhei para seu rosto. Mesmo com o quarto completamente escuro – tirando a luz da TV – percebi que ele estava meio corado. Olhei para baixo eu mesma, e corei violentamente.


Oh, fuck. Isso de verdade não é a vasilha. Pensei, enquanto tirava minha mão rapidamente do meio de suas pernas.


– D-desculpa! – gaguejei nervosamente, e Georg assentiu, baixando a cabeça, enquanto ria acanhado. Peguei a vasilha – dessa vez olhando – que estava na sua perna direita, longe de mim. Abocanhei um bocado e mastiguei, ainda sentindo o rosto quente.


Esse tipo de coisa sempre acontece conosco. Refleti ainda distraída do filme, lembrando-se das vezes que esses momentos tensos aconteciam. E não eram poucas às vezes, de verdade. Sorri. Do jeito que eu era pervertida, eu poderia continuar com aquilo para sempre. Mas Georg já tinha dona.


– O que foi? – Georg perguntou, vendo meu sorriso. Balancei a cabeça em negativa. Apontei para a TV, onde uma menina estava sendo esquartejada.


– Hum, é engraçado como eles fazem parecer real. É como se eles tivessem um psicopata na equipe de direção que explica detalhadamente como isso é feito. – eu disse, e lá ia eu com minhas divagações loucas. Mas pelo menos Georg riu.


– Você é só um pouquinho louca, sabia? – ele disse, passando a mão pelos cabelos castanhos perfeitamente lisos enquanto sorria.


– Mas é por isso que você me ama. – eu disse, fazendo uma carinha de criança para ele. Ele gargalhou novamente, abraçando minha cabeça e dando um beijo na minha testa. Eu fiquei imaginando que a namorada dele ia ter um ataque se nos visse naquele momento. Mas bom, para Georg era completamente normal, já que ele me considerava sua irmãzinha perdida.


E bom, isso não é de todo mal, tendo em mente os privilégios que eu tenho. Pensei, enquanto tinha minha cabeça esmagada pelos braços musculosos do garoto. Eu sabia que era errado perverter tanto ele, sabendo que eu era uma das pessoas que ele mais confiava, mas eu simplesmente não conseguia evitar. Se você tivesse um amigo assim, você também o perverteria tanto quanto eu.


– Mas você não tem medo disso? – ele me perguntou, depois de uns minutos, quando seu acesso de carinho passou. Agora eu estava recostada em seu peito, e ele mantinha o braço sobre o meu esquerdo. Teve de apertá-lo um pouco para que eu entendesse que ele tinha falado comigo. Olhei para cima, fitando seus olhos verdes intensos.


– Qual foi a pergunta? – eu disse, sem querer me perdendo no seu olhar. Impossível não. Aliás, que sorte maldita tem a namorada desse garoto.


– Tá surda, Red? Perguntei se você tinha medo. – Georg disse, sorrindo e puxando um de meus cachos. Dei a língua para ele.


– Idiota. E não, não tenho medo desse filme. Pelo menos não tanto quanto você tem. – eu disse, sorrindo debochada. Georg levantou uma sobrancelha para mim.


– Você não tem medo de nada? – perguntou novamente, me pegando um pouco de surpresa. Será possível que ele ia filosofar comigo agora? Balancei a cabeça em negativa.


– Não que eu me lembre agora. Já você, eu nem pergunto. – eu disse, ainda brincando. Ele rolou os olhos, voltando a olhar o filme. 

Continuei a encará-lo pelos dez segundos seguintes. Depois suspirei, virando o rosto para a tela. A garota esquartejada tinha sido encontrada pelos amigos, e agora eles iriam ser atacados.


– Bom, acho que meu único medo é perder a pessoa que eu amo. – eu disse, num impulso. Me arrependi no momento seguinte, não sabia como aquilo tinha saído da minha cabeça. Georg me olhou rapidamente.


– Obrigada. – ele disse, e eu arqueei uma sobrancelha para ele. Depois eu entendi o motivo do agradecimento. Pois é, eu sou lenta assim mesmo.


– Hey! O que te faz pensar que é você? – eu disse, batendo em seu peito de leve, me distanciando dele. Georg deu uma risada baixa, daquelas que fazem suas próprias cordas vocais tremerem.


– E quem mais seria? Me diz! – ele desafiou, e eu cruzei os braços sob o peito, olhando para o lado. Não ia admitir que ele estava certo, por nada. Isso seria confessar que eu o amo mais do que necessário. E ele não precisa saber disso, nem agora nem nunca. Pensei. É, essa era a minha história de amor recolhido. Eu o amo, mas ele é meu melhor amigo e tem dona. Continuo amando-o, mas não o deixo saber até que chegue o dia da minha morte.


– Me obrigue. – desafiei.


Georg se inclinou mais perto do meu rosto, com aquele sorrisinho de criança, que tinha pegado de mim. Mas tinha aperfeiçoado de uma maneira irritantemente funcional.


– Vai, me diz? Quem é a pessoa que você mais ama? – ele continuou insistindo, e eu fiquei cogitando entre dar um soco nele, dizer qualquer uma outra pessoa, ou beijá-lo. Sim, tinha essa última opção, por que a carne é fraca. Inflei as bochechas. Se era para agir feito criança, então vamos fazer isso direito.


Mas aí ele deu um beijo da minha bochecha, murchando-a ruidosamente. E, por mais que eu estivesse chocada e corada com seu movimento inesperado – claro, por que quando ele fazia isso, eu me preparava psicologicamente para aquilo -, eu comecei a rir descontroladamente. O mesmo fez Georg.


Um tempo depois estávamos correndo pela casa escura – por um motivo que eu desconhecia, já que imaginava que não fosse o assunto do sofá -, Georg atrás de mim, e eu tentando me esconder.


– Red, cadê você? – ele perguntou, e eu pus a mão na boca, contendo uma risada. Ele achava mesmo que eu ia dizer onde eu estava? Será que ele teve infância?


Ouvi seus pés se movimentarem pelo assoalho liso, bem perto de onde eu estava, mas do lado oposto. Eu tinha me escondido atrás da mesa de jantar. Me senti como uma garotinha de seis anos, mas eu não estava me importando. Me movimentei lentamente, enquanto ele se afastava para a sala. Desligou a TV, deixando a casa no escuro absoluto. Pronto, agora a porra ficou séria. Pensei, e quase ri da maneira que Georg estava levando isso a sério.


– Ruby... – ele disse, digo, sussurrou. Os pelos da minha nuca se eriçaram. Por que, porque meu deus, ele tem que ser tão sexy, e sem esforço? Pensei, rolando os olhos. Nem percebi que tinha mexido a cadeira sem querer.


– Achei! – Georg disse, se agachando do outro lado da mesa, seus orbes brilhando ao captar a pouca luz da lua, que traspassava pelas janelas. Eu dei um grito curto de susto, sem conseguir rir. Ele tinha se agachado numa posição parecida a um puma. Georg sorriu, vindo pelo lado esquerdo. Rapidamente me levantei, e comecei a correr, meu coração batendo a mil.


– Ah, dessa vez você não escapa. – ouvi-o falar um pouco mais longe. E sim, ele ainda mantinha aquele sussurro assustadoramente sensual.


– Nunca vai me pegar! – eu disse, correndo logo em seguida para o corredor, lado oposto de onde eu tinha gritado. Como os dois estávamos descalços, era um pouco difícil saber onde cada um de nós estava.


Mas foi esse recurso que acabou me deixando entre seus braços.

Depois que eu me recostei na parede, para respirar – eu estava mais sem fôlego por nervosismo do que por que estava correndo – fechei os olhos, passando as mãos pelo cabelo. O clima estava um pouco frio, e eu estava com somente uma blusa regata e um short de moletom, o que me fazia arrepiar a cada vez que uma brisa entrava.


– Peguei você. – ouvi a voz gutural de Georg à minha frente, e prendi a respiração, sentindo o coração dar um salto. Sua respiração quente batia contra minha bochecha, e minha coluna inteira se arrepiou.


– Meu deus, que susto! – exclamei baixo, finalmente abrindo os olhos. Encontrei seus olhos verdes queimando os meus, e seu sorriso malicioso, e o ar foi embora dos meus pulmões. Ele era lindo demais para ser verdade.


Mas depois eu percebi que a luz acima de nós estava acesa. Vagamente lembrei que eu estava em cima do interruptor daquela luz. Puta merda! Rolei os olhos mentalmente. Os braços de Georg desceram até a linha da minha cintura, ainda apoiados na parede.


– Então, não vai me contar? – ele disse, ainda me encarando, e por mais que eu tentasse desviar o olhar, acabava encontrando suas orbes verdes de novo.


– Contar o que? – perguntei, completamente desorientada. Ele rolou os olhos, sorrindo de canto. Vai me dizer que ele estava me perseguindo por culpa daquilo? Ainda?!


– Vai, me diz quem é. Eu vou morrer de curiosidade se não souber. – ele sussurrou, me olhando de baixo. Eu quase admiti que era ele, mas mordi a língua.


– Você já não tinha se designado como tal? Então, Ge. Sai dessa. – eu disse, empurrando-o de leve. Georg não se moveu um centímetro.


– Eu só estava brincando. Mas eu preciso saber, pra poder pelo menos te ajudar. – ele disse, e eu quase me parabenizei por saber esconder um segredo tão bem. Pelo menos aquele.


– Mas que discussão boba, Georg. Vai, deixa dessa. – eu disse, tentando me manter tão calma quanto eu achava que estava. A não ser que eu estivesse tão corada quanto tinha certeza que estava. Essa proximidade dele não faz bem à minha sanidade. Georg continuou me encarando, dessa vez seus olhos assumindo uma expressão um pouco decepcionada.


– É Tom, não? Eu já imaginava. – ele disse, seus braços caindo ao lado do corpo. Me senti como se tivesse sido atingida por um soco no estômago. Ele franziu o cenho, olhando para baixo.


– Georg, eu não... – comecei, mas ele levantou a mão para mim, para que eu me contivesse.


– Ruby, eu sei que ele é meu melhor amigo, mas eu tenho que te avisar que ele não vai mudar tão cedo, nem por você nem por ninguém. É uma pessoa inconstante. É horrível eu ter de te dizer isso, mas você vai sofrer se ficar com ele. – ele disse, um pouco nervoso. Mordi o lábio, eu não sabia como pará-lo. Mas de alguma forma ele estava se machucando com isso. Isso não pode ser ciúme, ele tem sua namorada e...


– E eu sei que você é cabeça dura, e quem sabe nem leve em consideração o que eu estou falando. Além do que eu conheço o poder de persuasão de Tom... Mas fica sabendo de uma coisa, Ruby. – Georg disse, chegando perto de mim, e segurando meu rosto, com o seu a centímetros. Meu coração estava batendo tão forte que eu imaginava que ele pudesse ouvir.


– Eu sempre vou estar aqui por você. Sempre. Ouviu bem? – Georg disse pausadamente, e seus olhos estavam marejados. Quase entrei em desespero, não conseguia entender os motivos dele para agir assim. E outra, não conseguia entender os motivos dele imaginar que eu amava o Tom. Eu mal falava com ele, e Georg sabia disso.


– Cala boca...! – eu disse, franzindo o cenho, ainda com suas mãos em meu rosto. Senti meus olhos arderem pelo tempo que fiquei encarando os verdes à minha frente. Georg ficou atônito, eu imaginava que ele ia falar algo mais, mas ficou parado. Não pensava que aquela seria minha reação.


– Como você diz uma coisa dessas para mim? Por que, Georg?! – eu sussurrei, ainda com o cenho franzido. Ele estava me acusando de ser cabeça dura, e isso era verdade, por mais que eu odiasse que me dissessem que eu era. Mas como ele conseguia ser tão cego?


– Mas o que? – ele disse, mas eu interpus o dedo indicador no seu rosto. Eu não ia deixá-lo falar, não até que eu me acalmasse e me controlasse para não falar uma besteira.


Não que por dentro eu não rezasse que ele lesse em meus olhos que ele era o único que me importava.


Me afastei de suas mãos, sentindo logo o frio acometer os músculos do meu rosto. Passei as mãos pelo cabelo, entrando em desespero.


– Ruby? Como assim... Então não é o Tom? – ele disse, e eu senti um pequeno alívio por dentro. Virei-me para ele respirando fundo.


– Não. – respondi, e ele mordeu o lábio, olhando para o chão, assentindo.


– Então... Quem? – perguntou, e eu fechei as mãos em punhos. Eu amava aquele garoto, MS estava a ponto de socá-lo para valer. Fechei os olhos.


– Por que isso interessa tanto? Não é como se você pudesse fazer muito quanto a isso... – já que a pessoa é você... Refleti, novamente sentindo os olhos arderem, mas desta vez pelas lágrimas que se acumulavam em meus olhos.


– Por que me importo com você. E eu iria sim fazer tudo o que eu pudesse para te ajudar. – ele disse, chegando mais perto. Balancei a cabeça em negação.


– Não, Ge. Você não pode fazer nada, você tem seu próprio amor para cuidar. Será que não entende? Não vai poder me dar o que preciso. – eu disse, abrindo os olhos e sem querer deixando escapar uma lágrima grossa. Georg só não a viu por que estava com a cabeça abaixada. Mas se ele não tinha entendido a mensagem, era por que realmente não estava na mesma frenquencia que eu.


– Eu... De verdade tenho um amor para cuidar... Mas não quem você está pensando. Não sei se tinha te dito, mas eu terminei com Danielle. – ele disse. Danielle. Então era esse o nome dela, eu tinha me esquecido. Engoli em seco, tentando conter mais uma lágrima, em vão. De que adiantava que ele tivesse terminado com ela, se eu conseguia sentir, pela sua voz embargada que ele ainda a amava?


– Mesmo assim, Georg. Não pode fazer nada quanto ao que eu sinto... – por você. Mordi o lábio, impedindo-me de completar a frase. Mas desta vez ele estava olhando para meu rosto. Chegou mais perto.


– Talvez eu não possa te dar o que precisa – repetiu minhas palavras, levantando meu queixo com o dedo indicador – Mas quem sabe se você me disser quem é, eu possa... – tentou continuar, mas eu já não agüentava mais. Ele conseguia sim ser a criatura mais cega desse mundo.


– CALA BOCA! – gritei, e novamente ele ficou atônito, olhando para o ser desesperado, vermelho e com marcas de lágrimas pelo rosto que eu era. Eu não era uma das pessoas mais calminhas dessa terra. Mas dessa vez Georg estava disposto a continuar.


– Cala boca! – eu disse, assim que algum som se atreveu a sair de sua boca. Sem querer acabei chegando mais perto do seu rosto, quem sabe ele entenderia.


– Ruby... – tentou, mas eu soquei seu peito, sem muita força.


– Cala boca! Cala boca. Cala boca... – eu disse, fechando os olhos. Eu não sabia como esse amor estava doendo dentro de mim até aquele momento. Além do que, eu estava exausta.


Mas aí Georg pareceu ter um clique.


Senti a respiração lenta de Georg chegando perto do meu rosto, seus braços me envolveram, me puxando mais para perto. Me retraí um pouco, se ele estivesse somente me abraçando eu sairia daquela casa, já que era impossível para mim que ele fosse tão sem pista. Por mais que antes fosse bastante útil. Mas agora ele não está mais com a namorada. Então, nem que seja para me usar, por que eu não posso mostrar o que eu sinto?


Sua respiração estava no meu nariz.


– Abre os olhos, Ruby. – sussurrou, e eu inconscientemente obedeci. Fitei seus olhos verdes, e havia algo de diferente ali. Mas eu não o encarei tempo o suficiente para descobrir o que, já que seus lábios se juntaram aos meus levemente. Sentir os seus lábios tão mais quentes - ou talvez os meus estivessem frios – fez minhas pernas fraquejaram. Será que ele fazia ideia do que estava fazendo comigo?


Quando Georg fez menção de se distanciar, e em um ato ansioso, segurei sua camisa.


– Não... – implorei, ainda de olhos fechados. Eu esperava que ele tivesse entendido.


– Não o que, Ruby? – sussurrou, sua voz falhando um pouco. Abri os olhos devagar, para encontrar um Georg novamente à beira das lágrimas. Engoli em seco.


– Não seja cego, por favor. Olha para mim. – tentei manter o olhar firme, sem embaçar. Georg franziu o cenho.


– Eu não consigo ver mais além do que quero agora, Red. – ele disse, deslizando o dedão por minha bochecha, limpando uma lágrima. Eu não sabia por que era tão difícil para mim, falar as palavras... Mas eu queria tanto que ele entendesse de uma vez... Talvez eu ainda não estivesse segura do que acabou de acontecer. Na verdade eu não entendo por que ele fez isso. Será que estou perdendo alguma peça?


– Continue assim. É exatamente o que quero. – eu disse, ainda fitando-o e apertando sua camisa. Ele mordeu o lábio. Meu coração acelerou, ele estava demorando muito. Ofeguei, puxando-o mais para perto. Um brilho passou por seus olhos, e assim que o vi, fechei os olhos.


Aleluia.


Ficamos muito tempo nos beijando. Eu não sabia o quanto, mas não importava. Ele tinha entendido. Seus lábios eram urgentes na maior parte do tempo, como se estivessem tentando se fundir aos meus, de algum jeito. Suas mãos me seguravam firme, impedindo-me tanto de me mover quanto de cair. Eu segurava seus cabelos com força, tanto quanto ele segurava minha nuca, me mantendo sempre perto. Estávamos à beira da insanidade.


Georg se recostou em uma parede qualquer, suas costas fazendo um triângulo com a parede, me fazendo ficar entre suas pernas, e com a boca na minha altura. Eu já nem sentia as minhas pernas.


– Eu te amo. – ele disse, entre ofegos, quando paramos para respirar. Eu ri, para mim era completamente sem importância repeti-lo.


– Eu te amo. – eu disse, mesmo assim. Ele sorriu, colando nossos lábios novamente. Mas desta vez havia algo diferente. Ele parecia um pouco mais calmo. Deslizou as mãos pelas minhas costas devagar, parando na base delas. Um arrepio violento veio em seguida, e eu gemi baixinho em seus lábios. Georg riu, parecendo gostar da minha reação. Pus minhas mãos por baixo de sua blusa, sentindo a pele macia e ao mesmo tempo, os músculos definidos. Arranhei-o devagar, no mesmo ritmo que nosso beijo ia, e ele apertou minha cintura, aprovando o contato. Continuei passando minhas unhas por seu abdome, fazendo-o suspirar e arrepiar. Quase sorri com suas reações.

Sem aviso, ele me prensou contra a parede, simplesmente se virando para a direita e apoiando todo seu peso em mim. 

Eu imaginava que ele conseguia ouvir as batidas do meu coração, tanto quanto eu ouvia as dele. Georg deslizou novamente as mãos, mas agora mais longe, indo parar no meio das minhas coxas, e eu mordi seu lábio devagar em resposta. Apertando minhas coxas, ele me ergueu, e automaticamente eu enrolei minhas pernas no seu quadril. E, com alguma surpresa, consegui sentir o volume em suas calças, talvez por completo em contato com o meu. Se bem que sem estes obstáculos, seria bem mais interessante. Minha mente desvairou, enquanto Georg beijava meu pescoço. Ia deixar umas marcas bem roxas ali, mesmo que minha pele fosse mais morena que a dele. Mas depois de chupar a pele no local, passava os lábios levemente, como que se desculpando pelos maus-tratos.


Mesmo assim, essa brincadeira estava demorando muito para mim. Eu já não era muito paciente, e já tinha esperado bastante tempo para tê-lo assim. Logo dei conta de sua blusa, jogando-a em algum canto desconhecido, enquanto ele ria. Mas não demorou muito, e Georg já tinha tirado a minha também. Vagamente senti um pouco de frio, que foi embora quando começamos a nos beijar novamente, dessa vez com muito mais voracidade. Dizer que estávamos nos engolindo era pouco.


De repente Georg começou a investir em mim, e eu gemi, sem conseguir me conter. Suas mãos passavam sem controle por cima do meu sutiã, e pela minha barriga, por vezes detendo-se no botão do meu short. Segurei forte em seus cabelos, como que me agarrando no último pingo de sanidade que eu tinha. E ele apertava minhas coxas e bunda, como que disposto a me fazer perdê-la.


De algum modo chegamos no quarto, e consequentemente na cama. E a primeira coisa que caiu foi meu sutiã, retirado quase que violentamente. E daí Georg me beijou, segurando meus seios, enquanto lentamente se movimentava por cima de mim. Respirei fundo, quase sugando todo o ar do quarto quando ele abocanhou um dos meus seios, rodando a língua nos mamilos.


– Eu quero você. – Georg sussurrou perto do meu ouvido, e eu mordi o lábio, sorrindo. Ele não fazia ideia de como eu queria ter ouvido isso antes. Afundou no meu pescoço, massageando com a mão esquerda meu seio direito. Cravei as unhas nas suas costas, sentindo sua língua descer pelo meu ombro até meu outro seio. Mas ele não se demorou muito lá, seguiu seu caminho, às vezes mordendo. Chegou no cós do short, arrancando um gemido de meus lábios, ao morder o local, tão sensível para mim. Levantou o rosto, fitando-me com seus olhos brilhosos de desejo. Talvez tanto quanto os meus.


– Eu sou sua. – me senti na obrigação de dizer, respondendo à sua afirmação. Seu sorriso mais lindo se abriu, enquanto desabotoava meu short, sem desgrudar os olhos de mim. Desceu o jeans e a calcinha junto, e eu não consegui evitar corar.


Joguei a cabeça para trás, assim que senti seus dedos separando meus lábios, e logo depois soltei um gemido longo quando um de seus dedos me penetrou. Colocou mais outro, beijando minha virilha, enquanto movimentava os dedos para todos os lados possíveis. Eu me recusava a gozar só com seus dedos, mas estava um pouco difícil.

Ficou mais ainda quando Georg começou a beijar minha intimidade, e logo a aplicar pequenas lambidas no local. Os vizinhos deveriam achar que estava acontecendo um assassinato naquela casa, do jeito que eu gritava. Ele me penetrou com a língua, mas eu logo acabei gozando. Com algum acanhamento percebi que Georg sorveu todo meu líquido, vindo depois para me beijar.


– Você é deliciosa. – disse, antes de me beijar, e eu pude sentir meu gosto misturado com sua saliva. E eu já não conseguia esperar, eu tinha que prová-lo, dizer o mesmo. Pus minha mão por cima do volume em sua calça, habilidosamente desabotoando e baixando o zíper. Georg se levantou para tirar aquela peça tão incômoda, e eu fui junto, engatinhando até o cós da boxer. Olhando-o de baixo, abaixei devagar a peça, enquanto Georg mordia o lábio.


– Até você se conteu direitinho. Será que continua assim? – provoquei, baixando completamente a peça, e sentindo o falo quente na mão. Ele pulsava, e era maior do que um dia eu tinha imaginado. Movimentei a mão em toda sua extensão e voltando, imaginando como ia colocar aquilo na boca. Georg sugou ar quando apoiei os lábios na cabeça do membro abocanhando somente a ponta em seguida.


–Ahh... – ele sussurrou baixo, mas ainda não era suficiente para meus ouvidos. 

Eu queria que aquela fosse uma noite tão boa para ele quanto estava sendo para mim. Desisti do movimento, deslizando a língua pela sua extensão, e finalmente ouvi aquele gemido contínuo que esperei tanto. Voltei com a língua até a ponta, arrancando um ofego, continuação do gemido, tirando qualquer resquício de ar em seus pulmões. Georg investiu, e daí eu percebi que ele estava sofrendo demais. Coloquei tudo o que pude na boca, cobrindo o resto com a mão, e começando a me movimentar, enquanto Georg sugava ar.


– Haaah... – ele gemeu, curvando-se um pouco e segurando minha cabeça, começando a me forçar. Cedi ao movimento por que estava confortável, e logo entrei no ritmo que ele queria, tanto eu aproveitando o falo na minha boca.


Não demorou muito, Georg deu sinais que iria terminar. Seu abdome se contraiu, e ele começou a gemer cada vez mais alto, e não conseguia evitar investir contra minha boca.


– Ah, Ruby, eu vou go-o...- começou, mas sua voz se perdeu eu um ofego enquanto ele se desmanchava em minha boca. Os jatos quentes desceram pela minha garganta, e o que ficou em seu membro, limpei com a língua. Eu estava satisfeita, e ainda surpresa, já que ele continuava bastante “em pé”. Georg me levantou, sorrindo de canto, e me beijou. E pareceu buscar com a língua seu próprio gosto dentro da minha. Logo senti algo cutucar minha barriga.


Puxei Georg de volta para a cama, deixando-o entre minhas pernas. Ele sugou meu lábio, enquanto se encaixava entre minhas coxas, penetrando devagar. Movimentou-se lentamente, quase me torturando. Me senti alargar um pouco, talvez pelo seu tamanho, mas foi algo completamente incrível.


– Tão apertada... Já fez isso antes? – perguntou, e eu assenti, suando frio com a fricção que ele fazia na minha intimidade.


– Você é que... É Muito grande. – eu disse, dando-lhe um selinho. Georg riu.


Mas depois ele mesmo pareceu não aguentar a lentidão, e passou a acelerar os movimentos. Logo estávamos os dois gemendo, quase sem aguentar.


– Não acredito que... Perdi tanto tempo... Sem você. – Georg disse, entre uma estocada forte e outra, e eu mordi o lábio, contendo um gemido alto antes de falar.


– Se eu soubesse... Não tinha demorado tanto a te contar. – sussurrei, e ele riu, aumentando a força e velocidade das estocadas. Ele estava batendo no começo do meu útero.

Era estranho conversar qualquer coisa romântica por enquanto que fazíamos aquilo, mas era verdade o que nós dizíamos.


Em um momento Georg deslizava rapidamente dentro de mim, incentivado por mim gemendo seu nome, e no outro momento parou, estocando fundo, e eu senti seu corpo tremer, logo depois seguido do meu. Não me lembro de mais nada além de sentir algo quente escorrendo pelas minhas pernas.


Eu sentia ondas de calor percorrendo meu corpo. E elas pareciam vir de dentro do meu útero, me imobilizando com as unhas cravadas nas costas de Georg.


– Ruby... – ele ofegou meu nome, no meu ouvido. Eu já não sabia mais o que estava sentindo, só fiquei aproveitando o contado da pele nua de Georg na minha, sentindo seu calor, e até seu peso sobre mim. Como se fosse parte de mim, como se fosse algo que perdi, e reencontrei. Me senti completa.


E foi aí que percebi que eu não podia ter escolhido pessoa melhor para ser minha, e para me ter como sua.

7 comentários:

  1. Uma perva,vc é virgem? Faz os textos tão exitantes ;)

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  2. Muito linda!!! Amei demais! Parabéns, vc é uma ótima escritora!!!

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    1. obrigada mesmo amooooor, fico muuuito feliz em saber disso meu anjo ♥

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  3. Aiin meu Deus que perfeito, Tambem adoro escrever e amei ler esse conto, parabéns :*

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