sexta-feira, 27 de abril de 2012

O pecado mora ao lado.


Já é bem tarde da noite, estou sozinha, deitada em minha cama, pronta para ir dormir. Relaxo meu corpo buscando pelo sono que não quer chegar, rolando de um lado para o outro sobre os lençóis macios.
Na busca de um refúgio para a momentânea solidão, fecho meus olhos e me pego pensando em meu amado comandante, meu marido Diego, que neste momento deve estar sobrevoando algum continente, pilotando seu avião.
Meus dedos vagueiam sem pressa sobre meu corpo, descendo lentamente por minha barriga, deixando fluir a lembrança do calor de sua boca em meus lábios em nossas noites tórridas de amor. Deliro com o calor do meu próprio toque, sentindo-me umedecer, excitando-me ainda mais.
Estou prestes a atingir meu limite, mas minha busca de prazer solitário é interrompida de repente. O som impertinente da campainha em minha porta ecoa pelo apartamento e eu me pergunto quem poderia querer incomodar uma hora dessas, atrapalhando meu momento íntimo.
Meus pés se arrastam descalços pelo piso enquanto caminho relutante para a porta. Já estou tão mole e melada pelo que eu estava fazendo, que nem me dou ao trabalho de colocar um hobby sobre a camisola.
– Já vai! – Respondi ríspida quando ouvi novamente a campainha.
Na cuidadosa espiada pelo olho mágico, deparo-me com a visão maravilhosa de Paul, meu vizinho tão gostoso do apartamento ao lado. Quase perco minha respiração contemplando o que via e sinto o pulsar já tão molhado entre minhas pernas.
Paul está tão delicioso, sem camisa, vestindo apenas uma bermuda, tão larga em sua cintura, que eu posso até mesmo ver o grosso elástico com a marca de sua cueca no final da linha do seu saliente e tentador oblíquo que aponta para um recheio volumoso em sua virilha.
Paul é lindo, tem uma pele morena e quente que combinam com seus olhos apertados de um negro marcante. Ele é um daqueles homens tão gostosos que você se excita só de olhar e sente-se piscar loucamente com calor entre as coxas. Ele é daquele tipo de homem que se você buscar a definição de “tentação” no dicionário, na certa verá o nome dele figurando em letras garrafais junto a um desenhinho do capeta sorrindo ao lado.
Por várias vezes Paul foi um motivo de conversa entre Paul e eu, quando discutíamos uma terceira pessoa para esquentar ainda mais nossa relação já tão fogosa. Eu sabia que Paul toparia de imediato qualquer safadeza que sugeríssemos, pois nas diversas vezes que Paul o recebeu em nosso apartamento para assistir jogo de futebol em nossa TV de LCD, ele não se poupou em disfarçar a cobiça do seu olhar em meu corpo modestamente voluptuoso.
Eu ainda estava estudando a proposta de Paul e estava quase aceitando pra falar a verdade. Mas uma coisa seria tentar nós três juntos e outra coisa seria apenas Paul e eu. Eu deveria arriscar um teste drive com meu vizinho todo gostoso?
Disposta a arriscar uma aventura, eu abri a porta para o perigo.
– Desculpa incomodar, Emily, mas... Você poderia me arrumar um pouco de açúcar? – Paul perguntou com um sorriso safado nos lábios enquanto segurava uma xícara numa das mãos, com a mais velha das desculpas para se visitar uma mulher sozinha.
– Claro, Paul. – Respondi sedutora, sentindo seus olhos aguçados em meu corpo quase me despindo. – Entre.
Caminhei pela sala, ouvindo seus passos logo atrás de mim. Eu podia sentir seus olhos queimando no decote profundo da camisola em minhas costas enquanto eu rebolava a minha malemolência até a minha cozinha só para instigá-lo.
Cheia de malícia, abri a porta mais alta do armário logo acima da pia, ficando na ponta dos pés para pegar o pote onde estava o açúcar, dando-lhe uma visão privilegiada da carência de uma calcinha. Fingi não alcançar, tentando esticar meus braços, certa de que seus olhos estariam perdidos por baixo da minha camisola.
Foi então que senti meu corpo ser envolvido por braços fortes e volumosos. Sorri em satisfação quando meus olhos se prenderam aos bíceps sarados que me cercaram, ficando rente aos meus braços. Paul grudou seu tórax musculoso em minhas costas, roçando minha pele na dele. Seu corpo quente se ajustou ao meu e eu o senti esfregar sua volumosa ereção em mim sem nem um pingo de pudor.
– Eu te ajudo. – Paul falou mansinho, bem juntinho ao meu ouvido, disparando uma descarga elétrica que percorreu o meu corpo, encharcando-me ainda mais.
Sua voz grossa e sedutora me fez perder o equilíbrio e sua mão grande e forte sobre a minha, não foi capaz de segurar o pote entre nossos dedos entrelaçados, que caiu sobre a pia esparramando todo o seu conteúdo.
– Sinto muito. – Falamos ao mesmo tempo sem querer.
Virei meu corpo com a mão em meu peito, lastimando o acontecido, ficando de frente para Paul, que ainda estava próximo demais.
Senti seus olhos gulosos fitarem meus lábios.
– Eu tenho mel... – Minha boca formigou com o calor do seu hálito em minha boca e provocante eu mordisquei meu lábio inferior, levando alguns segundos para terminar a frase. – se você quiser substituir pelo açúcar. – Completei audaciosa.
– Tenho certeza disso... – Paul sussurrou bem próximo aos meus lábios.
Não querendo entregar o jogo tão facilmente, esquivei-me de seus braços, dando um passo para o lado para catar o pote de vidro que continha o mel na cantoneira do armário.
Desviei novamente de Paul que estava parado diante de mim observando cada um dos meus movimentos, para pegar sua xícara, derramando em seu interior um pouco de mel. Propositalmente, fiz com que o líquido escorresse em meu dedo. Automaticamente fiz menção de lamber o mel que caíra, mas antes que eu o fizesse, Paul pegou firme em minha mão, levando meu dedo à sua boca.
– Hummm... Deliciosa. – Murmurou ao passar tentadoramente a ponta da língua em meu dedo, fazendo-me perder completamente a ação.
Paul se aproveitou do meu momento de transe e me imprensou contra a pia, prendendo-me pela cintura. Um sorriso diabólico puxou um dos cantos dos seus lábios e eu sorri em resposta, delirando por dentro com tamanha excitação.
– Vai continuar me provocando até quando, Emm? –Paul perguntou autoritário ao enterrar sua mão em meus cabelos, puxando-os possessivamente.
Eu não respondi sua pergunta. Bem, não respondi com palavras. Apenas deslizei minha língua lentamente de um canto a outro do meu lábio, finalizando com uma longa respiração quente entre seus lábios entreabertos de desejo.
Foi o estopim para a explosão que se seguiu.
Paul me apertou em seus braços e procurou minha boca como um animal enlouquecido. Nossos lábios se colaram em desespero num beijo sedento e cheio de luxúria. Nossas línguas serpentearam gostosamente no calor de nossas bocas enquanto nossas mãos exploravam os contornos dos corpos um do outro, tocando, esfregando.
Quando nossas respirações já estavam a ponto de acabar, Paul interrompeu nosso beijo. E puxou-me pela nuca, movimentando-me como uma marionete. Seus lábios desceram ávidos por meu pescoço, fazendo-me suspirar profundamente quando o senti deslizar em minha garganta deixando um rastro úmido por minha pele.
Sem que eu percebesse, Paul levara com os dentes uma das alças da minha camisola, que escorregara revelando um dos meus seios. Tremi em seus braços quando senti sua língua molhada rodeando meu mamilo endurecido. Seus lábios se fecharam, sugando-o e eu me joguei para trás, oferecendo um pouco mais, ao mesmo tempo em que eu tentava aliviar o calor lá embaixo me esfregando em sua dura proeminência.
O diabinho dentro de mim estava adorando cada minuto daquela loucura, eu estava adorando sentir o roçar do seu volume em meu corpo e me contorcia em gemidos de prazer. E quando Paul se livrou de sua bermuda e cueca, revelando a mais majestosa das ereções, eu já estava certa que não teria mais volta.
Paul me agarrou em seus braços e me suspendeu em seu colo. Circulei minhas pernas em torno de sua cintura e deixei que ele fizesse o caminho de volta à minha sala até chegar ao meu sofá, sentindo o latejar do seu membro pincelando minha fenda melada.
Ele sentou-se no sofá, fazendo com que eu sentasse sobre suas pernas. Paul me estendeu uma das mãos, mostrando-me um preservativo e eu sorri, fazendo que sim com a cabeça. Observei ele colocar a camisinha calmamente e depois alisar a longa e carnuda extensão que me fazia babar ao imaginá-la me preenchendo.
Ele desceu suas mãos pelas curvas do meu corpo e me guiou, erguendo-me sobre sua ereção. Rebolando, desci, e senti encaixar-me centímetro por centímetro, lentamente escorregando pelo seu membro grosso e pulsante.
– Cachorra, você sempre quis isso! – Sua voz saiu abafada quando sua língua tocou o contorno de um dos meus seios, fazendo-me cavalgá-lo loucamente. – Sempre rebolando esse traseiro gostoso na minha frente, me provocando. - seus lábios se fecharam no pico apontado de excitação, sugando. – Diz pra mim que você queria eu e teu marido ao mesmo tempo, dentro de você! Fala, cachorra! – Rosnou, desferindo-me uma tapinha em minha cara.
– Sim! Sim! – Eu gritava ensandecida, sem parar de quicar sobre ele.
– Então, amor... – Reconheci a voz do meu comandante chegando por minhas costas.
– Amor? – Falei surpresa com sua inesperada aparição.
Virei minha cabeça para olhá-lo por sobre meus ombros. Diego sorria malicioso, já se livrando do seu quepe e de todo o seu uniforme, pronto para participar da festinha.
Seria um sonho?
Não, dessa vez não era um sonho. Um sonho não te agarra por trás e não distribui mordidas em suas costas. Um sonho não desliza uma língua quente e molhada pela linha da sua coluna. Um sonho, por mais excitante que seja, não sussurra safado em seu ouvido, lambendo a extensão do seu lóbulo, te fazendo arrepiar. E, principalmente, um sonho não te faz sentir um dedo lambuzado sendo enterrado em seu...
– Ah... – Gemi de dor e prazer ao mesmo tempo, agradecendo em pensamento a maravilhosa idéia do meu marido.
Eu já estava tão excitada, em tanto êxtase, que quando Diego me cravou por “trás”, seu membro escorregou gostoso, unindo-se a sensação do membro que já me preenchia pela frente.
Diego e Paul, entrando fundo e mais fundo dentro de mim, preenchendo, sem nunca sair de dentro. Eu tinha dois dos mais maravilhosos espécimes me subjugando, espremendo-me entre eles enquanto me estocavam fortemente como dois animais. Nossos gemidos se misturando pela sala, nossos corpos suados permitindo o deslizar quente das nossas peles.
Meu corpo fervia, eu podia sentir o calor que irradiava entre minhas coxas à medida que eles me dominavam, me possuíam. Paul me golpeando por trás, enquanto tomava meus cabelos em rédeas, e Paul, latejando em meu apertado e alagado centro, enquanto devorava meus seios em sugadas e lambidas enlouquecedoras.
– Gostosa! – Diego murmurou contra a minha pele, latejando em meu interior, prestes a gozar.
– Muito gostosa! – Paul rosnou em meu ouvido, inchando-se em seu limite.
Meu último gemido explodiu pela sala e por fim, meu corpo sucumbiu ao prazer. Minha cabeça tombou para frente ao sentir as diversas labaredas que me tragavam para o infinito num inesquecível orgasmo, que fez meu centro convulsionar em longos espasmos, que ordenharam os dois membros que se derramavam quente dentro mim.

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