sábado, 28 de abril de 2012

O Salva Vidas ...


Coloquei meu biquíni mais bonito junto com um vestidinho curto soltinho. Calcei minhas Havaianas, joguei alguns poucos pertences dentro da bolsa que mais combinava com o meu visual, e por fim, coloquei um daqueles óculos “TV de plasma” para disfarçar a cara amassada de sono por causa da extravagante noitada de ontem.
Alice, minha parceira nas maiores loucuras, já me esperava em seu porsche amarelo nada chamativo quando cheguei ao portão do meu prédio. Trazia no rosto o mesmo sorriso contagiante de sempre e uma disposição invejável, que tal qual a minha, não se esgotava nunca.
 Ficou sabendo do novo salva-vidas? – Alice me perguntou quando já chegávamos ao clube para acentuar nossas marquinhas de biquíni na piscina de todo santo Domingo.
Eu podia sentir o alto teor de maldade atrás daquela pergunta.
– É bonito? – Foi só o que eu quis saber.
Alice balançou a cabeça bem devagar em afirmação, mordendo o lábio inferior como uma criança sapeca em frente a uma mesa repleta de guloseimas.
– Essa eu pago pra ver.
E eu pagaria! Pagaria o que fosse preciso depois que meus olhos quase pularam das órbitas quando avistaram aquele Deus grego de corpo glorioso e pele tentadoramente bronzeada sentado no alto do seu posto de guarda. Fiquei excitada só de ver a nudez daquele tronco largo e o poder daqueles braços volumosos que se apoiavam em alerta sobre o par de coxas que mais pareciam duas toras gigantes reluzindo lindamente ao ser acariciado pelos raios do sol.
 Santa Bacurinha Encharcada! Que homem gostoso é esse, amiga? – Babei de tesão quase enfartando.
 Eu não te disse? – Alice gracejou quando viu minha cara pervertida.
Tratei logo de arrumar um lugar pra ficar bem perto daquele ser visivelmente enorme, mesmo sabendo que não teria como eu perdê-lo de vista, uma vez que o radar muito funcional entre minhas pernas já piscava repetidamente como letras de uma placa em néon de um motel de quinta categoria: GOSTOSO! GOSTOSO! GOSTOSO!
Alice e eu acomodamos nossas coisas e eu iniciei a artilharia pesada. Sensualmente tirei meu vestido, muito devagar, caprichando no deslizar dos dedos nas curvas do meu próprio corpo. Insinuei-me jogando meus longos cabelos sobre os ombros e depois me deitei calmamente sobre uma das espreguiçadeiras ao lado de minha amiga. Sutilmente abaixei os óculos na metade dos olhos e arrisquei um olhar como quem não quer nada de soslaio na direção do moreno delícia. Imediatamente fui contemplada com um sorriso daqueles de se fazer suspirar, bem safado, com uma fileira de dentes brancos e perfeitos, que quase me fez molhar a calcinha do biquíni. Que boca!
Em pouco tempo, começamos a trocar gestos, piscadinhas e sorrisinhos, tudo muito discretamente, mas o gostoso deu de ombros, bastante contrariado, dando a entender que não poderia sair do seu posto porque estava trabalhando. Só que eu não estava disposta a esperar um dia inteiro, torrando como um maldito camarão, só pra dar uma conferida em todo aquele material. Eu estava com pressa!
Foi então que a brilhante ideia surgiu nessa minha mentezinha naturalmente perva. É claro que eu não seria nem a primeira e nem a última a fazer aquilo de olho num salva-vidas, mas por aquele gostoso até o óbvio estava valendo. E... Vupt! Lá estava eu em poucos segundos dentro da água, debatendo meus braços desesperadamente, fingindo um afogamento digno de Hollywood.
– Socorro! Socorro! Minha amiga está se afogando! – Alice, que já estava a par de tudo, ajudava na cena, fazendo de tudo para não explodir em uma sonora gargalhada.
Em segundos o bonitão levantou da sua cadeira como se fosse um super herói e se preparou para mergulhar onde eu estava. Quase me afoguei de verdade quando vi o sujeito de pé na borda daquela piscina! O cara era to-do gran-de! Isso que era salva-vidas altamente capacitado! Já vinha até com o cilindro de oxigênio dentro da sunga!
Um mergulho e logo em seguida aqueles braços cravejados de músculos já me envolviam e me carregavam para fora da piscina como uma pluma.
 Abram espaço! – Eu abro, gostoso! Eu abro tudo o que você quiser!
Com urgência, fui deitada sobre o chão e rapidamente uma boca maravilhosa se colou a minha. Lábios grossos e carnudos, soprando o ar que já me faltava aos pulmões. Deliciada eu dava adeus ao fôlego que ia embora com o toque macio daqueles lábios poderosos e quentes.
Uma massagem cardíaca intercalava a respiração boca a boca. Mãos másculas com dedos grandes, de se fazer pensar mil besteiras e utilidades, pressionavam o vão entre os meus seios arrepiados, esbarrando vez ou outra no contorno de um deles.
– Você está bem? – Aquela voz de tele-sexo quase me fez ter orgasmo.
 Ainda não... – Levei a mão ao peito teatralmente como uma mocinha de filme meloso, olhando direto para a volumosa montanha formada em sua sunga. O gostosão entendeu de imediato e minutos depois já estávamos eu, ele e seu cilindro de oxigênio dentro de uma pequena enfermaria sozinhos, com a prestativa Alice vigiando a porta.
Minha Nossa Senhora da bicicletinha sem freio, sem guidom e sem selim! Quantas mãos tinha aquele homem deliciosamente demoníaco? E que boca elástica era aquela que me devorava num beijo? O homem parecia um polvo cheio de tentáculos com aquelas mãos passeando por minhas coxas, apalpando cheio de dedos as esferas do meu traseiro, agarrando-se em meu quadril para pressionar o meu corpo. Que moreno delicioso!
Sua boca faminta se grudou na minha num beijo desesperado, nossas línguas brincando molhadas no interior de nossos lábios, sugando gostoso, chupando com afinco, enquanto seus dedos se enroscavam pelas camadas dos meus cabelos, puxando-os com sua força brutal e possessiva. Sua língua lambia meu pescoço, minha mandíbula, tornando impossível abafar os gemidos que eu já não conseguia controlar com tanto fogo que aquele homem ateava em mim.
Seu corpo molhado em atrito com o meu, roçando aquele peito cheio de músculos contra os meus seios de mamilos intumescidos, doloridos de excitação, levaram embora a parte de cima do meu biquíni, e imediatamente ele agarrou meus seios, enchendo suas mãos com eles. Sua boca úmida e fervorosa ia de um mamilo ao outro com voracidade e pressa enquanto eu me agarrava aos seus cabelos quase a ponto de enlouquecer de tanto prazer.
Um beijo estalado e afoito em meus lábios e outro e mais outro, e em seguida mordeu os meus lábios, sugando e lambendo minha boca como um gato ao banhar-se com a língua.
– Safada! – Ele rosnou e eu sorri em resposta adorando ouvir um dos meus melhores apelidos.
– Pode me chamar de cachorra que eu também gosto! – Provoquei, passando a língua em meus lábios e ele retribuiu com outro sorriso daqueles.
Olhando em seus olhos, deslizei levemente meus dedos por seu tronco, ouvindo o murmúrio extasiado do salva-vidas mais gostoso que eu já tinha conhecido. E fui descendo meu corpo sem perder o contato da sua pele ao meu toque. Corri meus lábios por seu abdômen definido, por cada um daqueles gominhos salientes, mordiscando alguns pelo caminho, arrancando-lhe vários suspiros. Por fim, apertei o volume naquela sunga vermelha que mal cabia na minha mão.
De joelhos diante daquele deus, olhei para cima pela última vez, lambendo meus lábios em gulodice quando encontrei seu olhar de safado. Sua reação foi revirar os olhos jogando debilmente sua cabeça pra trás. E então eu abaixei sua sunga, libertando a mais grossa, extensa e vibrante ereção, que saltou contra meus lábios.
 Linda. – Ele massageava meus cabelos acompanhando o movimento cadenciado que eu fazia sobre a ponta de sua dureza. – Cachorra! – Agora sim ele atendeu meu pedido.
Minha língua rodeava a larga cabeça que já expelia os fluídos de sua excitação e se lambuzava com a mistura de minha saliva, indo da base até sua extremidade, ora rápido, ora devagar.
 Assim eu vou gozar, princesa. – Ele estreitava seu olhar de tanto tesão me vendo trabalhar.
 Goza na minha boca. – Supliquei, mas ele balançou a cabeça negando. - Ainda não. – O malvado falou, arrancando o brinquedo dos meus lábios. Sem avisar ele me puxou pelos braços, me erguendo do chão e me virou de repente chocando nossos corpos, moldando sua latejante ereção contra as curvas do meu traseiro ainda coberto pelo pequeno trapo de pano que era meu biquíni.
No mesmo instante ele me fez inclinar e me colocou de quatro sobre uma maca próxima a nós. Impinei-me todinha e ele gemeu rouco atrás de mim.
Meu biquíni foi sendo afastado enquanto ele estapeava meu traseiro, antes dele se curvar sobre minhas costas e introduzir sua língua quente em mim.
 Ai que gostoso... – Sussurrei sufocada pela sensação de deleite que me dominava.
Sua atenção entre minhas pernas agora era feita entre achatadas lambidas que iam de uma extremidade à outra com o auxílio dos seus dedos mágicos que me encharcavam cada vez mais. Uma passada e uma mordida em meu clitóris, outra passada e mais uma dedada estocava em mim.
 Que delícia. Apertadinha. – Seu hálito quente atingia meu centro em cheio, ensopando-o ainda mais. – Diz o que você quer aqui dentro desse buraquinho. Diz... – Ele provocou com um rosnado autoritário, alisando minha entrada com sua cabecinha.
 Tudo! Eu quero tudo! Machuca, tesão! – Supliquei agoniada, a ponto de explodir de tanto prazer.
E então ele me estocou de uma única vez. Rápido e preciso. Forte e fundo. Duro e grosso. Tudo dentro de mim! Preenchendo, forçando onde não se cabia entrar. Deslizando gostoso num vai e vem desvairado.
– Isso, cachorra. Rebola gostoso. – Ele comandava entre seus próprios ruivos enquanto me golpeava com sua virilidade.
Eu não conseguia controlar meus gemidos, era a prova do êxtase que atingia meu corpo como descargas elétricas de alta voltagem. Volts e mais volts de pressão sendo enterrando até os confins do meu útero enquanto ele galopava com meus cabelos em rédeas.
Seu corpo se curvara sobre o meu enquanto suas estocadas me preenchiam vez após outra. Seu braço me prendendo em amarras à medida que seus dedos livres massageavam meu pulsante clitóris.
– Goza pra mim, vai. – Sua voz possessiva e rouca logo abaixo do meu ouvido, só fazia aumentar toda aquela tensão prestes a estourar como uma bomba atômica em meu ventre.
E então não foi possível mais segurar. O orgasmo mais louco da minha vida sacudiu todo o meu corpo e maravilhosamente meu centro se contraiu em vários espasmos, mordendo toda a dureza que não parava de se arremeter contra mim um minuto sequer.
– Agora vem. – Ele se despejou dentro de mim, e esse foi o melhor dia da minha vida.


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